Eu te exilo de mim
E dos papéis
Pra que você seja uma saudade parcial
Porque você me encantou de forma temporária
E ficou retida no cinzeiro, na preguiça
E no egoísmo do meu poder
De te exilar em mim
Pra que só eu ouça o que tens a dizer
Mesmo que resolva desaparecer
Diluir-se no meu sangue
Ou passear pelo meu corpo
Reaparecer no banho
No travesseiro
Ou no derradeiro momento em que não encontro a tinta
Então passo o tempo a folhear o jornal de ontem.
Relendo você e tudo que já esqueci.
terça-feira, 21 de abril de 2009
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