domingo, 29 de março de 2009

Vai

Vai, que eu já te deixei escapar, faz tempo.
Vai, que já sinto o quarto mais quieto

E que a poesia que te arranhei nas costas
Me dê saudade suficiente
Pra que minha garganta se faça áspera

Minha voz, espasmo de som.

E tua falta, meu cinzeiro sujo.
Do fumante passivo que sou.

3 comentários:

Mariabia disse...

A gente deixa escapar porque nao nos pertence de fato.
E arranhar poesias nas costas é a coisa mais sexual e doce que li nos ultimos dias.

Um beijo,
Bia


http://arrastasandalia.livejournal.com

Caldereta das Idéias disse...

Adicionei, poeta!
Mui bom este aqui.

beijim.

Thales Veras disse...

escreva mais, amigo pedro.

a constância faz o poeta